Eu não estou morto!
Está sim! Retrucou o cara do meu lado.

Como eu podia estar morto e estar ali conversando com aquele maluco, que respirava e tinha um corpo com o meu?
Eu não me sentia nenhum fantasma ou alma penada. Vivi esta situação há algum tempo atrás.
O “cara” que tentava me mostrar minha situação, hoje sei, era um amigo de outras vidas, que não reconhecera devido a minha condição de ignorância.

Como acontece com muitos, morri de repente.
No meu caso em particular, de infarto fulminante. Tinha 35 anos e estava indo para casa depois do trabalho. Nada senti ou percebi. Só notei algo diferente quando percebi que as pessoas me ignoravam ou fingiam me ignorar. Como morava sozinho, longe da família, demorei a perceber e a ter alguém conhecido procurando por mim.

Nas ruas sempre tinha alguém que puxava conversa, de forma que tive muitas dificuldades em compreender o que se passava. Os sinais estavam ali, claros, mas minha formação e minhas crenças não me permitiam enxergar o que se passava. Fiquem, pois, atentos aos “caras” que vem ao seu encontro. Sempre haverá um “cara” tentando te ajudar. Cabe a você estar preparado para vê-lo quando sua hora chegar.

Um Amigo.