NOSSA SENHORA DA AMARGURA
Mãe das Dores,
          Senhora da Amargura,
          Eu vos contemplo o peito lacerado
          Pelas mágoas do filho muito amado,
          Nas estradas da vida ingrata e dura.
Existe em vosso olhar
          tanta ternura,
          Tanto afeto e amor divinizado,
          Que do vosso semblante torturado
          Irradia-se a luz formosa e pura;
Luz que ilumina a senda
          mais trevosa,
          Excelsa luz, sublime e esplendorosa
          Que clareia e conduz, ampara e guia.
Senhora, vossas lágrimas
          tão belas
          Assemelham-se a fúlgidas estrelas:
          Gotas de luz nas trevas da agonia.
Auta de Souza
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier - Publicado em "Novo Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro para 1932" - Lisboa/Portugal - Página 162 e reproduzido no livro "Auta de Souza" - Edição IDE.