Caros.
Boa noite.
O poder tem sido, desde o início dos tempos, o grande mal da humanidade.
Desde que a primeira centelha despontou na mente humana e marcou o momento em
que o homem se elevou sobre os animais da Terra, estabeleceu-se a busca
desenfreada pelo poder.
O ser terreno, em sua maioria ainda essencialmente material, tem a primária necessidade de ter a supremacia, de se sentir superior a seus semelhantes. E muitos, sem perceber o quanto isto é primitivo e irracional, fazem disto os objetivos de suas vidas. Não é errado buscar conforto material durante a existência terrena, mas quem se põe a buscar poder e bens materiais acima de tudo já terá recebido aqui seu pagamento.
Neste pequenino planeta, poder
significa vida fácil, significa estar acima do bem e do mal, significa todo tipo
de conforto material e tudo o mais que o dinheiro pode comprar. Doce ilusão.
Efêmero é o poder, como efêmero é o homem e tudo aquilo de material que ele pode
ajuntar.
A você que manda, que comanda,
que faz e acontece, que dispõe das pessoas porque tem um alto cargo, um nobre
título, aqui vai o meu singelo conselho:
- Viste, o quanto antes, o museu mais próximo. Lá verás, como disse André Luiz,
toneladas de carruagens, coroas, cetros, mantos e outras tralhas que pertenceram
a reis mortos. Verás que todas as tuas posses e títulos não terão serventia mais
adiante. Deixarão de te pertencer e serão dadas a alguém.
Visite também asilos e hospitais. Verás que a idade te rouba as forças e os
títulos ainda em vida e, muitas vezes, nem é preciso a idade para te tirar isto
tudo. Basta um simples resfriado que se complique.
Quem sabe nestes lugares não encontres oportunidades para refletir e, muito
melhor, auxiliar?
E a você que lidera, que
influencia teu semelhante com o teu desprendimento, como o amor do teu coração,
coragem!
Você sabe que não escolheu o caminho mais fácil, e sim o caminho certo. Talvez
não encontre aqui a sua recompensa, mas ela já se encontra a sua espera.
Continuemos trabalhando na transformação do Planeta.
Manoel Dantas.
